Frase

“Porque o evangelho não é uma doutrina de língua, mas de vida”.
[João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 181, Ed Cep,]

sábado, 17 de julho de 2010

Introdução as Escrituras


Historicamente, a Bíblia tem sido considerada um texto inspirado, o que quer dizer, em outras palavras, que ela é lida como a autêntica palavra de Deus. Tradicionalmente também tem sido considerada infalível. Isso é o mesmo que dizer que nas Escrituras não há erros. Em épocas mais recentes, teólogos da linha conservadora têm considerado a crença na Bíblia como “ a única regra de fé e prática”. Com isso querem dizer claramente que a palavra de Deus é uma perfeita de fé e de conduta. Entretanto, com o surgimento do liberalismo, essa doutrina tem comumente sido reinterpretada para transmitir o significado de que a Bíblia é infalível foi”diluído”, permitindo a identificação de equívocos no texto bíblico com relação a fatos científicos e históricos. Essa postura é amplamente defendida entre os liberais da atualidade. Para combater essa postura “secularizada” com relação ás Escrituras, teólogos conservadores consideram necessário adotar o uso do adjetivo inerrante, para afirmar que a Bíblia não possui erros.

Dizer que a palavra de Deus é infalível deveria ser suficiente. Entretanto, diante da situação mencionada acima, percebemos ser necessário dizer também que ela é perfeita verdade em tudo o que afirma,. Assim, a Bíblia é verbalmente inspirada, infalível, no sentido de que seus manuscritos originais não contêm erros. A declaração de fé da Evangelical Theological Society expressa esse pensamento de maneira sucinta, porém precisa: “Apenas a Bíblia em sua totalidade, é a palavra de Deus em forma escrita e, portanto, sem erros em seus autógrafos[textos originais]”.

Muitos consideram essa visão das Escrituras muito restritiva. Dizem que estamos vivendo no século XXI,e que não deveríamos acreditar mais tais doutrinas. Afirmam que os fatos contrariam essa visão e que os conceitos científicos presentes na Bíblia já caíram em desuso. Não podemos mais acreditar na existência de uma terra plana, com o céu “lá no alto”, segundo dizem eles. Afirmar que a crença na existência real de Adão ou em histórias como a de Jonas deve ser negada. Na verdade, declaram que as Escrituras possuem contradições. Essas pessoas defendem que há um elemento humano na Bíblia que não pode ser isento de erro. E chegam á conclusão de que, se insistirmos de que não há erros da palavra de Deus. Jamais iremos convencer os indivíduos da era moderna.

Apresentaremos algumas respostas breve contra essas críticas e as trataremos com mais detalhes. Primeiramente, temos que dizer que é necessário sermos cautelosos ao refutarmos qualquer doutrina antiga – principalmente uma que esteja fundamentada no ensino de Cristo e de seus apóstolos – pela simples finalidade de supostamente convencermos nosso contemporâneos. Os profetas da Antigüidade receberam a instrução de pregar a palavra de Deus, que as pessoas lhes dessem ouvidos ou não(cf. Is 6.9, 10; Jr 20.9 e Ez 2.5-7).

Em segundo lugar, é bastante duvidoso que a Bíblia retrate uma terra plana, com o céu. “lá alto”. Alguns afirmam que perceberemos essa descrição apenas se interpretarmos as Escrituras literalmente. Entretanto, ninguém, nem mesmo o teólogo conservador mais zeloso que existe, lê a Bíblia tomando-a em sentido literal. O texto sagrado está repleto de metáforas, parábolas e poesia, que devem ser interpretadas da mesma maneira que as presentes em qualquer outra obra literária. Ninguém levaria ao pé da letra expressões comuns como “morrer de dar risada” ou “ele tem um coração de ouro”, ou ainda “faz uma eternidade desde que a vi pela última vez”. Portanto, a objeção levantada pelos liberais baseia-se numa interpretação literal e errônea de várias passagens poéticas, para daí afirmar que a Bíblia contradiz o senso comum. Todavia, chegaríamos á mesma conclusão se aplicássemos essa sistemática a poesia que descrevem a lua, as árvores, as montanhas ou qualquer outro cenário maravilhoso e belo.

Muitos se esquecem de que os astrônomos da época neo-testamentária já afirmavam que a Terra era redonda. Até mesmo antes, no ano 250 a.C, Eratóstenes mediu a circunferência de nosso planeta com bastante precisão. É curioso o fato de que teólogos mais recentes, que se opõem à idéia de que o céu esteja “lá no alto”, falem sobre a “intervenção” do reino do céu na história. É tão esquisito retratar o céu dessa maneira, como algo à parte da história, quanto é imaginá-lo. Entretanto, como afirmou C.S.Lewis com muita pertinência em seu livro Miracles, “toda descrição a respeito de coisas que não podemos perceber por meio dos sentidos deve ser considerada metafórica. Não há outra maneira para descrever o que não conseguimos vislumbrar”.

Portanto, a linguagem bíblica não implica o fato de que o céu, em termos espirituais, esteja (embora no hebraico, como em nosso idioma, usa-se a mesma palavra para significar o céu no qual estão as estrelas, as nuvens, e o espaço onde os pássaros voam, o qual d fato encontra-se. De maneira semelhante, não se pode dizer que “os confins da terra” sejam o extremo do planeta além do qual caímos no espaço. O vocábulo hebraico traduzido por “terra”.

Em terceiro lugar, se as pessoas não consegue crer em uma criação no sentido literal, devem ser suficientemente capazes de provar que o acaso é o responsável pela incrível riqueza e complexidade de vida, ou pela criação desse ser tão singular e dotado de inteligência, propósito e consciência moral a que chamamos de ser humano.

Por último, fazer objeção quanto à inerrância das Escrituras com base em supostas contradições é um ato de negligência para com os vastos estudos sobre esses assuntos, realizados desde os dias de Justino, que foi martirizado por sua fé, no ano 148 de nossa era. Ele escreveu em sua obra Diálogo com o judeus trifo:”Estou plenamente convicto de que nenhum trecho das Escrituras contradiz outro”.

É óbvio que a Bíblia contém algumas aparentes complicações e certo conceito difíceis de compreender. Com toda certeza, podemos esperar algo assim de um documento proveniente de outra cultura que remonta aos tempos antigos. Se o choque cultural é algo previsível quando viajamos para outros países, maior ainda é a possibilidade de encontrarmos aspectos surpreendentes na Bíblia. Entretanto, muitas dessas dificuldades já foram solucionadas por intermédio de descobertas a respeito de costumes e idiomas antigos. Assim, um cristão bem informado pode atribuir as dificuldades que ainda restam ao mero desconhecimento sobre detalhes do cotidiano e da história da Antigüidade. Problemas de ordem factual continuam a ser elucidados, para satisfação de muitos dos estudiosos atuais.

Os Cristãos da linha conservadora não aceitam a idéia de que as Escrituras contenham verdadeiras contradições. Assim como os pais da igreja primitiva, eles acreditam que essas supostas contradições devem-se à falta de conhecimento ou a erros de cópias de menor importância. Sabendo que sendo a Bíblia a palavra de Deus, ela é protegida, portanto sem erros. BIBLIA NÃO CONTÉM A PALAVRA DE DEUS, ELA É A PALAVRA DE DEUS!

Fonte: Introdução à Bíblia
Autor: R. Laird Harris

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A vocação de todo crente


“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. (Rm 8 – 28)

Todo Cristão conhece, ou melhor, deveria compreender o significado da palavra “serviço”, todavia, seria quase impossível de ter um completo conhecimento da mesma se não tivermos uma clara consciência do que significa uma outra, a “vocação”.



Quando nos referimos a vocação, é importante entender que:

1° - Deus vocaciona no primeiro momento, o pecador para sua Igreja por meio de Cristo, portanto, vocação esta diretamente ligado a “Eleição” (pois o homem agora, vocacionado, é incapaz de resistir a tal convite ou chamado de Deus);

Somos chamados primeiramente então, para sermos santos, para comunhão, para salvação, para vivermos na luz e para vida eterna em Cristo.

“Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra com poder todo desejo de bondade e toda obra de fé, para que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo”. (2 Ts 1:11:12)

2° Toda pessoa que participa do Corpo de Cristo (Igreja), agora, é vocacionado também para servir.

É atravez do serviço que o Cristão desempenha seu papel como indivíduo único ao qual Deus prontamente o chamou, sustentou, e o preservou, para seus santos propósitos (Rm 8:30) onde Cristo é o objetivo direto e a Igreja uma comunidade cooperativa instituída primeiramente como um povo (Israel) e subsequentemente e mais especificamente em forma de comunidade (Igreja).

Temos então, que apartir desse ponto toda atividade digna exercida na perspectiva do propósito de Deus (1 Pe 1:15), é entendida como vocação. Desta forma, ou há uma totalidade do significado do servir na vida do Cristão ou tudo passará a ser uma perda desse mesmo significado no próprio sentido de viver.

Apesar de algumas funções terem um papel importante na jornada Cristã, todavia, toda a atividade é de igual importância para Deus, o que difere é em sua significação.

Todos os crentes são chamados pelo arrependimento e fé em Cristo para o seio da Igreja e são desta forma, vocacionados por Deus a servir, alguns, para funções específicas dentro da própria Igreja, outros para os mais diversos serviços, mas o objetivo é o mesmo: termos uma vida santa e agradável a Deus, segundo a sua vontade em todas as nossas relações, visando sempre a glória e o louvor do nosso Salvador Jesus Cristo.

REFERÊNCIAS
Bìblia Sagrada, Revista e Atualizada
Apostila da Aula de Vocação e Espiritualidade. IBRO - Curso Médio em Teologia (Curso On-Line)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Perdão...

E se o pecador se arrepender? Como posso aprender a perdoar? Jesus contou uma parábola sobre um servo que devia uma quantia enorme (10.000 talentos) ao seu rei(Mateus 18:23-35).
Ele era incapaz de pagar a dívida e implorou ao rei por compaixão. O rei perdoou-o por sua enorme dívida, mas este servo prontamente saiu e encontrou um dos seus companheiros servos que devia a ele uma quantia relativamente pequena e exigiu pagamento, agarrando-o pelo pescoço. Ainda que o companheiro de servidão implorasse por compaixão, o credor entregou-o à prisão. Quando o rei foi informado dos atos de seu servo incompassivo, irou-se e reprovou este servo, entregando-o aos torturadores até que ele pagasse totalmente sua dívida.

De que maneira aplicar esse Texto na minha vida? Por que o Perdão?

Como ter um bom relacionamento numa sociedade em que, o amor, paz, família vem perdendo seus valores. Quantas vezes desobedeço, precisamos lembrar que nós somos pecadores e necessitamos do perdão, foi como Ele disse “...sem mim nada podeis fazer...” com isso temos que cumprir o que já está determinado por Deus. Não questionar e sim, obedecer!

“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.”

Se por sete vezes no dia pecar contra ti, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. Então disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé”. (Lucas 17:3-5)

Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus. Nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados (Hebreus 12.14-15). De que maneira guardará o homem puro o seu caminho observado o que Deus deixou para se humilhar na presença do senhor que ele vos exaltará não deixamos de fazer o que eu posso hoje “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou”. (Efésios 4:32)
Não há limites de vezes para o perdão, quantas vezes comentemos algum erro com o nosso semelhante e não medimos as nossas conseqüências ao feri-lo com palavras ou ações indesejadas nas atitudes precipitada do dia a dia. Pois como é que devo me comportar diante de uma situação de arrependimento? Jesus disse:

“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. (Mateus 18:21,22)

Nessa passagem Jesus não estava preocupado com números, mas com a nossa forma de agir no perdão, que nos causa dor, raiva, tristeza ou ate mesmo o ódio. De que maneira estamos nos comportando com o nosso criador, se não, fazemos aquilo que ele determinou na sua “escritura”.
“A quem perdoais alguma cousa, também eu perdôo; porque de fato o que tenho perdoado, se alguma cousa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”. (II Coríntios 2:10,11)

Paulo nos adverte ao cuidado para que satanás não tenha motivos para estampar na nossa cara o titulo de (O culpado)...o que eu devia fazer e não fiz, falta de caráter ou de covardia. Tomar uma posição no que se refere biblicamente a palavra “PERDÃO” quando o mestre falou. “Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus" (Mt 22.29), se realmente mantemos comunhão com Ele o agir de Deus será inevitável.

Quando Deus nos perdoou, pôs um fim à situação desastrosa em que nós nos encontrávamos, pois, estávamos condenados à morte como conseqüência do nosso pecado da desobediência. Ele nos chamou para uma nova vida, onde o amor e o perdão sempre têm a sua máxima expressão. Perdoada a nossa ofensa, o relacionamento amoroso que nos une ao Pai Eterno foi restaurado. Diante desse ato de misericórdia e amor imerecido, devemos do mesmo modo, estender perdão a todo aquele que nos ofender. O perdão de Deus deve gerar em nosso coração o desejo de perdoar incondicionalmente, tal como Ele fez conosco.

O perdão de Deus é somente para aquele que se declara pecador. Ao negar o perdão eu estou me declarando justo e daí perco o perdão que vem de Deus. Por isso o Senhor disse que se não perdoamos também não somos perdoados. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14-15), assim:

- Você não deve guardar ressentimentos, mesmo que justificáveis;

- Não espere o arrependimento do outro para só então perdoá-lo;

- Não alimente a mágoa no seu coração, mas trate com ela rapidamente.

O ressentimento produz escravidão, mantém você em escravidão pelos seguintes motivos:

- é uma das causas de enfermidades;

- produz fortalezas espirituais - amargura, por exemplo, é mais que ressentimento, é um ressentimento antigo;

- O ressentimento torna-o escravo da pessoa que o ofendeu. A sua mente e ações estão sempre em função dela.

Assim, longe de nós tal ressentimento. Devemos que refletir a imagem e a glória de Deus. O Senhor Deus nos predestinou, chamou e justificou para a santificação, ou seja, para sermos transformados à imagem de Cristo Jesus (Rm 8:28-29). É viver um grato amor a Deus por tudo o que graciosamente Ele realiza em nosso favor! Também é nossa responsabilidade instruir outros dos nossos irmãos a andarem como Cristo andou. Através do discipulado, do exemplo, da comunhão, do compartilhar, da fidelidade ao Senhor em nossa vida, da prática da Palavra de Deus. Em tudo isso precisamos manifestar a glória de Deus onde formos e com quem estivermos. Deus usa pessoas, e por isso, Ele fez do seu único Filho uma pessoa como nós, para que se identificasse conosco, e se tornasse o nosso representante, sofresse em nosso lugar, o nosso Deus, único mediador, tornando-se o nosso suficiente redentor.

Fonte:
Francisco Oliveira Jr
Allen Dvorak
Erasmo Ungaretti
Pr. Luciano Subirá
Pr. Ewerton Tokashiki

quarta-feira, 30 de junho de 2010

SE DEUS QUISER



Muitos propósitos há no coração do homem; mas o desígnio do Senhor permanecerá. ( Provérbios 19:21)


Muitas vezes escorregamos no erro de pensarmos que merecemos algo, e como conseqüência a isso, somos levados a pensar que Deus fará de tudo para atender ao que queremos.


Certamente, muito do que queremos Deus atende, mas nada contrário a “sua” vontade.


Quando vou me casar? Onde vou morar? Como vou planejar minha vida profissional?
São comuns estas questões em nossa vida, e é sempre muito difícil respondê-las de maneira completa.

Geralmente, planejamos, sonhamos, temos esperança, de que tudo será como queremos. Quem nunca, quando criança, sonhou em ser médico, veterinário, etc.

E hoje, muitos são pais de famílias, que trabalham em profissões que não imaginavam que poderiam se profissionalizar, ou mesmo, há quem esteja na profissão em que sempre sonhou.

Por isso, a maneira como pensamos e falamos de nossos planos é importante.

A Palavra de Deus nos ensina:

Assim, pois, isto não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. (Romanos 9:16)

Geralmente é de nosso esquecimento reconhecer que somos dependentes, que nossos planos dependem totalmente da vontade do Senhor e, por isso, devemos dar graças a tudo.

Nosso desejo sobre amanhã, é sempre soberanamente orientado pelo Senhor.

Mas não é por causa disso que temos de deixar de planejar, pelo contrário, temos de planejar com o pensamente certo, tão quanto, deve ser também a nossa visão sobre Deus neles.

Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. (Tiago 4:13-15)

Por isso, agradeça a Deus por cuidar de seus planos, veja as dificuldades como uma oportunidade de reconhecer que eles dependem da “Soberana Vontade” dEle.

E não esqueça que no início de cada planejamento daqui para frente devemos ter sempre em mente:

“Se Deus quiser,...”.

Referências Bibliográficas:

Bíblia Sagrada, Revista e Atualizada;

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tudo ao seu Tempo!

Como temos usado o nosso tempo... Pois de fato precisamos ter em mente a maneira como tenho usado o tempo que Deus deu para desfrutar do mais agradável momento na sua santidade.

Hoje vivemos em meio ao tempo corrido ou mesmo sem ele, impulsionados pelo desejo em observar e dizer: como agir, como fazer ou quanto tempo tenho? Muitas vezes nos encontramos na contra mão por diversos motivos.

1 Tempo com a família é importante, pois é um projeto de Deus. Como sua palavra diz, na renovação da aliança, segundo Josué: “ Eu e a minha casa serviremos ao senhor” (Js 24:15), o texto é bem claro em como ele usava seu tempo.

2 Vida secular: trabalho, ir ao cinema, shopping, futebol e outros, de que maneira estou contribuindo para o meu lazer? Temos desculpas para deixarmos tudo para o amanhã. Esperar o tempo passar para ver no que vai dar, é falta de atenção, planejamento, que nos conduz ao acaso. O fato de querer que ele não passe, poderá ser expressão de uma satisfação com o sofrimento.

É preciso aproveitar bem o tempo. Vivê-lo em plena felicidade. O tempo está curto? A vida está corrida? Muitas coisas pendentes? Como desfrutar o tempo com Deus?


Meditando na sua “palavra”, pois ele supre todos os nossos anseios e desejos. Não deixemos de saborear o que Deus nos deixou de melhor nesta Terra, como sua palavra diz, quando o povo saiu do Egito: “ Eu vos conduzirei para uma terra que mana leite e mel”. (Ex.3:17). Ele ofereceu o melhor daquela terra. Cultivar o tempo é sabermos usufruir o que Deus tem nos proporcionado! Cuidando para não se contaminar pela desobediência humana, mas, “... buscai pois em primeiro o seu reino e sua justiça, as demais coisas vos serão acrescentadas”. (MT.6:33), tudo para honra é a glória do nosso Deus.


Se você não se convenceu de que é preciso administrar o seu tempo, faça a si mesmo a seguinte pergunta: "Se soubesse que vou morrer daqui a um ano, eu continuaria a usar o meu tempo da mesma maneira, como o tenho usado até agora?". Vejamos algumas considerações:


La Costacurta Junqueira - Mas, o que fazer, então, com o tempo que passa? Parar no tempo ou pretender que o tempo pare? Em qualquer tempo que faça, isto é, respectivamente, uma fatalidade e uma impossibilidade. Infeliz de quem pára no tempo recolhido no seu pequeno mundo. Parar no tempo é tornar-se substancialmente velho e ultrapassado. Os velhos não são os que atravessaram muitos tempos, senão os que se deixaram consumir pelo tempo sem nada de consistente sonhar, desejar, semear e construir.


Viver sem tais desejos é o mesmo que morrer para a possibilidade de novos tempos. Viver só no desejo é, no mínimo, alienação. Enquanto o tempo passa, não podemos perder a chance de inventar outros caminhos para tornar viáveis nossos sonhos mais profundos; aqueles que o tempo não pode apagar. É preciso aproveitar bem o tempo. Vivê-lo e vivificá-lo em vista da mais plena felicidade. Ser feliz é constante busca de ser humano em todos os tempos!


Dirceu Benincá -“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de plantar e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedra e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraça; e tempo de buscar e tempo perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz”.


Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se afadiga? Vi o trabalho que Deus impôs aos filhos dos homens, para com ele os afligi. Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o principio até ao fim. Sei que nada há melhor para o homem do que regozijar-se e levar vida regalada; e também que é dom de Deus que possa o homem comer, beber, e desfrutar o bem de todo o seu trabalho. Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar e nada lhe tirar; e isto faz Deus para que os homens temam diante dele. O que é já foi, e o que há de ser também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou”.(Ec.3:1-15).

sábado, 26 de junho de 2010

PRIMEIROS PASSOS

E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (II Co 5:17)

Certamente o discipulado é algo maravilhoso, um mundo totalmente diferente para o novo na fé, é o momento que aprendemos através da Palavra de Deus que nosso coração era como uma rocha e escravizado pelo pecado, todavia, aprendemos também a riqueza e o amor de Deus diante de nossa nova realidade em Cristo.

Esta primeira parte é dividida em 3 passos simples, mas de extrema importância, eles foram colocados desta forma para facilitar e servir de tarefa obrigatória e inicial ao novo Cristão:

1º Passo: Serão expostas verdades universais e lógicas sobre a Palavra de Deus;

2º Passo: O conhecimento adquirido na Palavra de Deus deve gerar a nossa cosmovisão;

3º Passo: A importância do Culto Doméstico.

1º Passo: Bíblia - Palavra de Deus

A primeira compreensão que devemos de ter como Cristão é sobre a Escritura Sagrada (ou Bíblia):

Natureza: Deus em sua infinita sabedoria escolheu se revelar através das palavras em nossa linguagem (humana), sendo então a Escritura Palavra de Deus, compreendemos que sua vontade e propósito é clara a humanidade.

“Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração ao meu conhecimento. Porque será coisa suave, se os guardares no teu peito, se estiverem todos eles prontos nos teus lábios. Para que a tua confiança esteja no senhor, a ti tos fiz saber hoje, sim, a ti mesmo. Porventura não te escrevi excelentes coisas acerca dos conselhos e do conhecimento, para te fazer saber a certeza das palavras de verdade, para que possas responder com palavras de verdade aos que te enviarem?” (Sl 22:17-21)

Lembre-se: Uma prova de nosso amor a Deus, é sobre o cuidado que devemos ter com a leitura e interpretação da Palavra dEle.

Necessidade: A Escritura é necessária para o conhecimento que conduz à salvação, as instruções que levam ao crescimento espiritual, as respostas às questões últimas, e qualquer conhecimento sobre a realidade.

“e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus”. (II Tm 3:15)

Lembre-se: A Bíblia é a única fonte precisa e autorizada para o conhecimento de Deus.

Autoridade: A Bíblia é a própria Palavra de Deus, desta forma, crer e obedecer a Bíblia é crer e obedecer a Deus.

Então disse o Senhor a Moisés: Levanta-te pela manhã cedo, põe-te diante de Faraó, e dize-lhe: Assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo, para que me sirva; porque desta vez enviarei todas as a minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus servos, e sobre o teu povo, para que saibas que não há outro como eu em toda a terra. Agora, por pouco, teria eu estendido a mão e ferido a ti e ao teu povo com pestilência, e tu terias sido destruído da terra; mas, na verdade, para isso te hei mantido com vida, para te mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. (Ex 9:13-16)

“A Bíblia não é apenas um instrumento através do qual Ele nos fala; antes, as palavras da Bíblia são as próprias palavras de Deus falando – não há diferença. A Bíblia é a voz divina para a humanidade, e sua autoridade é total”. (Vincent Cheung – Teologia Sistemática)

Lembre-se: A Escritura é a Palavra de Deus.

Inerrância: Tendo em vista que o autor das Escrituras é Deus, logo, tudo o que nela esta escrito tem de ser verdade.

“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”

(II Pe 1:20-21)

Lembre-se: Ela é correta em tudo o que afirma.

Suficiência: Crer e obedecer a Palavra de Deus é cumprir a vontade de Deus em cada detalhe da vida, e o pecado pode ser medido pela extensão que falhamos em obedecer a Escritura.

Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra. (II Tm 3:16-17)

Lembre-se: Na Escritura, encontramos todas verdades divinas, necessárias para a salvação, desenvolvimento espiritual e direção pessoal.

Unidade: As Palavras na Bíblia procede de uma única mente divina, por isso, percebemos de forma clara que a Bíblia é coerentemente perfeita.

Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. (Mt 4:5-7)

Lembre-se: É importante que seja entendido que todas as doutrinas expressas na Escritura estão em perfeita harmonia na mente de Deus, e que só podem parecer contradições para nós limitados seres humanos.

Inspiração: A Bíblia é a revelação verbal exata de Deus, a ponto de Jesus dizer que:

“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido.” (Mt 5:18).

Deus exerceu tal controle preciso sobre a produção da Escrita que o seu conteúdo, na própria letra, é o que Ele desejava colocar em escrito.

Lembre-se: A Bíblia é a voz viva de Deus.

2º - Passo: Cosmovisão

O próximo passo para o novo na fé é o planejamento, isso mesmo, o planejamento de sua nova vida em Cristo, e a etapa seguinte é entender e desenvolver sua própria cosmovisão sobre ela. Mas para isso é importante conhecer a Bíblia, pois, devemos ter um pensamento certo sobre tudo relacionado à vida, e isso é tão importante quanto, deve ser também a nossa visão sobre Deus nela.

Definição:

“Cosmovisão é uma palavra que se refere ao entendimento que temos de Deus, de nós e do mundo. Em outras palavras, é a resposta à pergunta como interpretamos e explicamos tudo o que existe? Talvez, outras perguntas são necessárias para entendermos a necessidade de conceituar a nossa cosmovisão. Como surgiu o universo? De onde viemos? Quem somos? Qual o propósito da vida? Por que o mal existe? Há sentido no sofrimento? A história terá um final feliz? Embora estas perguntas pareçam um tanto que filosóficas, elas possuem uma influência muito presente em tudo o que fazemos em nossa vida, e no modo como reagimos nas diferentes situações que enfrentamos”. (Ewerton B. Tokashiki - A Nossa Cosmovisão)

A Igreja primitiva utilizava-se dos Credos, eis um exemplo:

Credo Apostólico

"Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu Filho Unigênito, nosso Senhor, o qual foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao mundo dos mortos, ressuscitou no terceiro dia, subiu ao céu e está sentado à direita de Deus Pai, Todo-Poderoso, de onde virá para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na santa Igreja cristã, a comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém."

A sua cosmovisão será importantíssima não somente para sua nova vida em Cristo, mas também para o trabalho de evangelização, apesar de que devemos somente “Pregar o Evangelho”, com ela você estará apto a responder 80% das principais dúvidas da maior parte das questões levantadas pelas pessoas não convertidas, além de servir como um resumo de seus estudos Teológicos.

3º - Passo: Cultivar o Culto Doméstico

“...Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. (Js 24:15).

É comum nos dias de hoje, as famílias abandonarem o hábito de realizar o culto doméstico, por falta de saber como fazê-lo ou, por achar não necessário. É surpreendente como só umas poucas pessoas buscam o crescimento interno da Igreja pela ênfase na necessidade de criar a família da Aliança começando dentro do lar.
O momento devocional no lar é tão importante, quanto nossa leitura diária das Escrituras, ele serve para estudarmos a Palavra de Deus, como também a aplicabilidade dela na família, como um momento de louvor ao Senhor pela misericórdia de podermos estar compartilhando mais um dia de nossa vida. Nele, incluímos todos os membros da família que desejam participar.

A Liturgia pode ser muito bem administrada, e o importante é que todos se envolvam com ela. Não existe uma regra básica, mas a criatividade é um elemento importante, geralmente pedimos as crianças para orar, apontar textos Bíblicos, trazer trabalhos para ser apresentados aos familiares, mas estes exemplos servem apenas como uma idéia do que pode ser feito, a criatividade nesse caso é sua e o importante é que todos compartilhem os assuntos.

Geralmente utilizamos 3 passos para conduzi-la: primeiro a leitura de um texto bíblico, segundo oração e por fim cânticos de louvor, mas como foi dito essa não é a regra final para o Culto Doméstico.

A intenção é de a família ter um momento junto com Deus, se alimentando da Palavra do Senhor, e ao mesmo tempo, terem tempo para conviver em família, o que hoje em dia é uma tarefa cada vez mais difícil para os pais.

Nas famílias onde há somente um Cristão, tenha como costume, convidar os familiares para participar, explique para eles, a necessidade de aprendermos mais “de” e “sobre” Deus, com certeza, o dia será muito melhor com a presença do Senhor.


Material necessário:

Apenas sua Bíblia.

Como material opcional, é de costume e praticidade utilizar-se de algum devocional, isso ajuda, mas a Palavra de Deus é que deve sempre ser primazia no Culto Doméstico. Alimente sua família com os versículos Bíblicos, além de ser um mandamento de nosso Salvador, serão claras a sua presença e as suas bençãos sobre o lar e essa prática certamente irá contribuir para o crescimento espiritual da vida de cada membro de sua família.

Bibliografia

Bíblia Revista e Atualizada

Vincent Cheung - Teologia Sistemática

Ewerton B. Tokashiki - A Nossa Cosmovisão

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A REFORMA CALVINISTA

A VIDA DE JOÃO CALVINO






  1. PRELIMINARES

Conquanto se considere a Reforma Calvinista a continuação do Zwinglianismo e o meio caminho entre este e o Luteranismo, contudo ela continha muitos ele­mentos novos, pelo que se pode considerá-la sob o pris­ma de movimento original. Ainda que, às vezes, tão intolerante como os seus predecessores, o Calvinismo era mais lógico, mais bíblico, e mais missionário. O seu fervor religioso e rigor moral passaram muito além dos do Luteranismo e do Zwinglianismo. Somente o Cal­vinismo conseguiu manter disciplina eclesiástica. En­quanto os três movimentos reformadores se ligaram ao governo civil, o método empregado diferenciava. Lutero e Zwínglio não hesitaram em prosseguir a sua re­forma em subserviência às autoridades civis; Calvino sustentou que o Estado devia ser subserviente à Igreja nas coisas espirituais.

Convém notar, que estas diferenças se deviam tan­to às circunstâncias quanto à superioridade mental e moral de Calvino. A situação política e geográfica de Genebra era mais favorável do que a de Wittemberg e Zurique, ainda que somente Calvino pudesse tê-la apro­veitado. Sendo personalidade importante reunia ele em si, zelo moral, erudição aprimorada, concentração ana­lítica, e capacidade administrativa acima de qualquer outro reformador da época. Chamaram-no "a inteli­gência (the master mind) da Reforma" (1).

De certo pode-se chamar-lhe o logístico, senão o teólogo da Re­forma.

Genebra, o pequeno cantão francês da Suíça, que, depois da morte de Zwínglio, eclipsava Zurique como centro da Reforma, estava quase desligada da federa­ção. Por séculos tinha havido conflito entre o bispo da diocese e os duques de Saboia, cada qual reclamando a jurisdição sobre os negócios civis. Em 1513 o Papa, Leão X, habilmente pôs termo ao conflito, nomeando para o bispado de Genebra um bispo que pertencia à casa de Saboia. O novo partido autocrático logo se cho­cou com os habitantes da cidade que, desde o século quinze, vinha adquirindo gradualmente o direito de se governar a si própria. Com a pretensão de constituir a cidade em república livre, o partido do povo aliou-se com os cantões de Berna e de Freiburgo. Este, sendo católico, mais tarde retirou-se da aliança e fez causa comum com o duque de Saboia e o clero contra Gene­bra. Sendo repelidos a porta ficou aberta à Reforma. Foi durante esta luta política que Farel, pregador fran­cês, vindo de Berna, fixou residência em Genebra.